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sábado, 22 de maio de 2010

Teocentrismo




O Cristianismo, como vimos, é a religião oficial da Europa na Idade Média, tanto que aquele que não é cristão é inimigo político e religioso. A religião, assim, é algo de extrema importância para o homem medieval: agradar e obedecer a Deus é seu objetivo de vida, ou seja, Deus é o centro da vida humana nessa época. O TEOCENTRISMO, portanto, é um dos traços essenciais da cultura medieval.




A instituição social que se diz "porta-voz de Deus na Terra" é a IGREJA CATÓLICA; assim, aquele que deseja servir plenamente a Deus (não importa a que classe social pertença), deve ficar atento ao que prega a Igreja e seguir fielmente os seus preceitos: o que é pecado, o que é virtude, como se caracteriza o verdadeiro cristão, etc... Com tal ideologia, plenamente aceita por todas as classes sociais, o poder "divino" da Igreja determina o modo de vida, os valores mais importantes, a maneira de ser de toda a sociedade: o CLERO é, por isso, a classe dominante - a mais poderosa economica-política-socialmente falando, dentro da sociedade medieval. Não é à toa que quando nos reportamos à Idade Média, as imagens que imediatamente ocupam nossa mente são, além dos castelos: os mosteiros, os religiosos, a Inquisição...


A sociedade medieval


A sociedade medieval é convencional, ou seja, nela as pessoas se tratam com extremo respeito e formalidade, mesmo as mais íntimas ou as mais zangadas. É por isso que nessa época é muito comum, no dia a dia de todas as classes sociais, o uso de palavras e expressões de tratamento como : vós, vos, vosso(a)(s), senhor, senhora, dom/dona (para reis/rainhas/nobres em geral), amigo (namorado), etc, e os verbos na 2a. pessoa do plural. O tratamento cortês (convencionalismo social) é outro traço da cultura medieval ~



A sociedade medieval é patriarcal: a mulher leva uma vida segregada, não tem qualquer participação social e depende totalmente do homem. Trancada e vigiada em casa - primeiro pelo pai, depois pelo marido - a mulher é educada para ser mãe e esposa, ocupando-se dos afazeres domésticos, de trabalhos manuais como tecer, bordar, costurar, etc. Raramente a mulher tem alguma instrução






Todos esses traços da cultura medieval aparecem marcados (presentes) na obra literária européia, da qual a Literatura Portuguesa é nosso exemplo e objeto de estudo. A Literatura Portuguesa surge no século XII, simultaneamente ao surgimento de Portugal como nação




. LITERATURA MEDIEVAL PORTUGUESA - Primeiro Período ( Séculos XII e XIII): TROVADORISMO ou LITERATURA PROVENÇAL


As invasões bárbaras na Europa







 A Queda do Império Romano tem pelo menos uma conseqüência negativa : a Europa torna-se um continente militarmente desprotegido, ou seja, propício às invasões bárbaras por ele sofridas a partir de então ( a arquitetura da época confirma isso).


A difusão da filosofia cristã foi tão intensa na Europa após a morte de Jesus Cristo que, já no início da Idade Média, o Cristianismo é a religião oficial do continente europeu; ao contrário do que aconteceu na Antigüidade, aquele que não é cristão é BÁRBARO e é inimigo religioso e político dos europeus

 







Nessa época, a Europa é um conjunto de REINOS.Por exemplo: no século XI, o território que atualmente faz parte de Portugal, do Rio Mondego para o Sul, ainda estava ocupado pelos sarracenos, e desse rio para o Norte havia o reino de Leão. Ainda não existia a nação portuguesa







 O sistema sócio predominante na Idade Média chama-se FEUDALISMO.Com a Queda do Império Romano, como já citado anteriormente, o continente europeu fica militar e politicamente propenso às invasões . Para evitar o caos e para facilitar a expulsão dos invasores bárbaros, a Europa é dividida em reinos e cada reino em grandes lotes de terras ou FEUDOS.
Cada feudo possui um administrador com plenos poderes: o SENHOR FEUDAL. Assim, no sistema feudal, o poder do rei é descentralizado para os feudos, para os senhores feudais.




A atividade econômica principal na Europa medieval é a AGRICULTURA: o senhor feudal ARRENDA as terras do feudo aos agricultores - seus SERVOS ou VASSALOS - que pagam o arrendamento com produtos nela cultivados e colhidos; quase toda a produção agrícola, assim, é de propriedade do senhor feudal, ficando apenas uma pequena parte dessa produção ao servo ( o suficiente para sua subsistência e da sua família ). O senhor feudal, por sua vez, "presta contas" ao rei de "tudo" que diz respeito ao feudo que administra, além de ser seu cavaleiro, seu companheiro e defensor nas guerras: ele é vassalo do rei.

Além dos servos, os feudos contam ainda com os cavaleiros do senhor feudal e com os artesãos, aqueles que elaboram manualmente as roupas, os calçados, os utensílios e todos os objetos consumidos pela sociedade.  





No sistema feudal, as mercadorias são TROCADAS entre si, conforme o valor de uso (a necessidade dos envolvidos na troca), ou seja, o valor material das mercadorias praticamente fica em segundo plano ou, às vezes, nem é levado em conta.

Além das classes sociais já citadas ( servos/ artesãos/ cavaleiros/ senhores feudais e outros nobres/ reis) a sociedade feudal tem uma outra - a mais poderosa das classes - que é o CLERO. No próximo item veremos de onde vem todo o poder do clero medieval.

 
 
 

As Origens da Literatura Portuguesa

A literatura brasileira nasceu do encontro de vários fatores, fatores esses políticos, ideológicos e históricos. Para que a literatura brasileira se firmasse ocorreu uma quebra de paradigmas. Rupturas foram feitas como forma de consciência do passado histórico do país.



 
 
 

domingo, 9 de maio de 2010

Túlio Dek, Di Ferrero - Tudo Passa


Gostaria de parabenizá-los pela participação e desenvolvimento das atividades da semana Paulo Freire.
Ao levantarem para mais um dia de compromisso estudantil ,tenham a certeza que as boas atitudes ,a seriedade com o dever,a disciplina na organização da agenda escolar, os levará a percorrerem caminhos que refletirão como luz no fim do túnel do início desta jornada .As dificuldades existem para nos ajudarem no desenvolvimento como um todo e ao serem superadas teremos a certeza que valeu a pena.Sigam em frente!

Rosa Maria /Vanda

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Educadores do Brasil, Paulo Freire (video 1 de 7)

Semana Paulo Freire











Semana Paulo Freire


Conheça um pouquinho sobre este importante filósofo e educador!

Escola é



... o lugar que se faz amigos.



Não se trata só de prédios, salas, quadros,



Programas, horários, conceitos...



Escola é sobretudo, gente                                          



Gente que trabalha, que estuda



Que alegra, se conhece, se estima.



O diretor é gente,



O coordenador é gente,



O professor é gente,



O aluno é gente,



Cada funcionário é gente.



E a escola será cada vez melhor



Na medida em que cada um se comporte



Como colega, amigo, irmão.



Nada de “ilha cercada de gente por todos os lados”  



Nada de conviver com as pessoas e depois,



Descobrir que não tem amizade a ninguém.





Nada de ser como tijolo que forma a parede, indiferente, frio, só.



Importante na escola não é só estudar, não é só trabalhar,



É também criar laços de amizade, é criar ambiente de camaradagem,     



É conviver, é se “amarrar nela”!



Ora é lógico...



Numa escola assim vai ser fácil!Estudar, trabalhar, crescer,



Fazer amigos, educar-se, ser feliz.



É por aqui que podemos começar a melhorar o mundo.

(Paulo Freire)

Quem foi Paulo Freire?

Paulo Reglus Neves Freire ( Recife, 19 de setembro de 1921 — São Paulo, 2 de maio de 1997) foi um educador e filósofo brasileiro. Destacou-se por seu trabalho na área da educação popular, voltada tanto para a escolarização como para a formação da consciência. É considerado um dos pensadores mais notáveis na história da pedagogia mundial, tendo influenciado o movimento chamado pedagogia crítica.

Sua família fazia parte da classe média, mas Freire vivenciou a pobreza e a fome na infância durante a depressão de 1929, uma experiência que o levaria a se preocupar com os mais pobres e o ajudaria a construir seu revolucionário método de alfabetização. Por seu empenho em ensinar os mais pobres, Paulo Freire tornou-se uma inspiração para gerações de professores, especialmente na América Latina e na África. Pelo mesmo motivo, sofreu a perseguição do regime militar no Brasil (1964-1985), sendo preso e forçado ao exílio.

Foram 16 anos de exílio, dolorosos, mas também muito produtivos: uma estadia de cinco anos no Chile como consultor da Unesco; uma mudança para Genebra, na Suíça em 1970, para trabalhar como consultor do Conselho Mundial de Igejas, onde desenvolveu programas de alfabetização para a Tanzânia e Guiné-Bissau, e ajudou em campanhas no Peru e Nicaraguá. Em 1980, voltou definitivamente ao Brasil, passando a ser professor da PUC-SP e da Universidade de Campinas (Unicamp). Trabalhou como secretário da Educação da Prefeitura de São Paulo, na gestão Luiza Erundina (PT), entre 1989 e 1991.

É autor de uma vasta obra traduzida em várias línguas. Dentre os livros mais conhecidos estão a Educação como Prática da Liberdade e a Pedagogia do Oprimido.

O diálogo é a base do método de Freire, segundo ele, é o diálogo que cria uma relação de comunicação de intercomunicação, que gera a crítica e a problematização já que ambos os parceiros podem perguntar: " por quê?". Quem dialoga, dialoga com alguém e sobre algo. O conteúdo do diálogo é justamente o conteúdo programático da educação.








Paulo Freire morreu no dia 2 de maio de 1997, aos 76 anos de idade, em plena atividade de educador e de pensador.

sábado, 24 de abril de 2010

Poesia







 História e Definição de Poesia








Poesia é a forma especial de linguagem, mais dirigida à imaginação e à sensibilidade do que ao raciocínio. Em vez de comunicar principalmente informações, a poesia transmite sobretudo emoções.





Por sua origem e por suas características, a poesia está muito ligada à música. Ela é uma das mais antigas e importantes formas literárias. Desde tempos remotos as pessoas sentem prazer em cantar enquanto trabalham ou brincam.







Os poetas antigos recitavam histórias de deuses e heróis.













COMO O POETA ESCREVE


. Para transmitir ideias e sensações, o poeta não se apoia unicamente no significado exato das palavras e em suas relações dentro da frase. Ele utiliza sobre tudo os valores sonoros e o poder sugestivo dessas mesmas palavras combinadas entre si.


Do ponto de vista de sua forma, a poesia caracteriza-se pela existência de versos (linhas que constituem o poema). No texto em verso, as linhas de palavras são tão extensas quanto o poeta o deseje. No texto em prosa, elas têm o tamanho que a página ou coluna que as contém comporta. Quem lê versos sente um ritmo mais ou menos regular, diferente do ritmo da prosa - Os versos podem ou não ser reunidos em estrofes, grupos de dois ou mais versos. A rima (repetição de sons existentes no final dos versos) é própria da poesia, embora não indispensável.

VERSO E MELODIA



Os poetas modernos usam tanto o verso metrificado quanto o verso livre. O verso metrificado, isto é, que obedece a um esquema métrico, a uma espécie de "compasso" regular, é o tipo mais antigo e mais comum. Um poema em verso livre, como o de Cecília Meireles, não tem um esquema métrico regular .
Para se identificar que tipo de verso o poeta usa: basta ler em voz alta algumas linhas do poema. Se ele revela uma "batida" regular, um ritmo constante, isso significa que tem um esquema métrico e, portanto, está escrito em versos metrificados. Em caso contrário, trata-se de um poema em verso livre. 



OS SONS DAS PALAVRAS


Assim como um compositor aproveita-se dos sons dos diferentes instrumentos e do contraste entre notas graves e agudas, o poeta obtém efeitos musicais e significativos utilizando os diversos sons de que se compõem as palavras. Por exemplo, um verso em que existam muitas vogais abertas, como a , é, pode lembrar ao leitor um clima de alegria e luminosidade; a predominância de sons fechados r, ô, pode sugerir uma atmosfera pesada. É claro que o poeta não usa mecânicamente esses recursos, como se fossem ingredientes de uma receita. O bom resultado dependerá, em última análise, de sua sensibilidade. A utilização dos efeitos sonoros das palavras é mais conhecida através da rima e da aliteração.    A aliteração é uma repetição de sons consonantais dentro do verso, como neste exemplo em "O Navio Negreiro", de Castro Alves: "Auriverde pendão de minha terra;/que a brisa do Brasil beija e balança."/. A aliteração pode ser usada para gerar eufonia (efeito sonoro agradável) ou para emitir sons ou ruídos naturais. Veja ONOMATOPEIA