As múmias são alguns dos elementos mais característicos do Egito Antigo. As múmias nada mais eram que cadáveres que passavam por um processo que garantia que ficassem preservados, porque os egípcios acreditavam que ter o corpo conservado após a morte garantia a vida eterna e a possibilidade de ressurreição. Com o tempo, uma série de lendas começaram a surgir a respeito desses cadáveres preservados, e as múmias passaram a figurar entre os principais personagens dos filmes e das histórias de terror.Mas, uma dessas histórias de terror nos chama bastante a atenção: trata-se das histórias sobre a múmia de Tutancâmon, a mais famosa múmia da História, descoberta em 1922 por uma equipe chefiada pelo arqueólogo britânico Howard Carter. Tutancâmon foi um faraó egípcio que morreu muito jovem, com cerca de 19 anos, que, apesar da pouca idade, foi um faraó importante dentro da história egípcia, uma vez que restaurou o politeísmo no Egito Antigo após o período monoteísta instituído pelo seu pai Akhenaton.
Além disso, sua múmia se tornou a mais famosa da História por ser uma das poucas encontradas intactas pelos arqueólogos, encontrando-se conservada mesmo quase 3.500 anos depois de sua morte. E não era só o corpo que se encontrava conservado, o seu túmulo também se encontrava inviolado no momento em que os arqueólogos o encontraram - o que é muito raro, visto que os ladrões costumavam entrar nas tumbas para roubar os tesouros e as relíquias dos faraós -, havendo muitos objetos e escritos que ajudaram muito os estudiosos a compreender melhor a sociedade egípcia da época.No entanto, nem tudo foram flores nessa empreitada científica, porque uma série de acontecimentos estranhos e macabros passaram a acontecer com as pessoas que participaram da expedição, fazendo com que muitas lendas a respeito da maldição da múmia de Tutancâmon surgissem.
Howard Carter e a múmia de Tutancâmon O primeiro fato estranho aconteceu no dia em que a primeira passagem da tumba foi descoberta: o canário de estimação de Howard Carter foi visto sendo engolido por uma serpente, o que foi interpretado como mau presságio, uma vez que se dizia que as serpentes eram as responsáveis por guardar os túmulos desses mortos. Além disso, conta-se que o financiador da expedição, o Lord Carnarvon, morreu a caminho de encontrar os cientistas, antes de ver a múmia, e, no dia da sua morte, sua cachorra de estimação morreu de maneira inesperada na Inglaterra. Nesse mesmo dia, o Cairo sofreu um blecaute sem explicações.
Ainda, vários dos visitantes da tumba de Tutancâmon morreram depois da visita. No entanto, os cientistas acreditam que essas mortes ocorreram porque, na época, os cientistas não tomavam as precauções necessárias para terem contato com esses corpos e ambientes antigos; assim, acabavam manipulando os objetos e os corpos sem máscaras ou luvas, entrando em contato com fungos e bactérias que seus anticorpos não estavam preparados para combater, vindo a adoecer e a morrer tempos depois. Além disso, há a hipótese levantada por cientistas de que os egípcios conheciam o urânio e o utilizavam para proteger os corpos, sendo muitos dos casos de cansaço e de depressão apresentados pelos que estiveram em contato com a múmia causados pela contaminação pela radiotividade.
A verdade é que essas mortes - mesmo explicadas cientificamente - e as lendas em torno dos fatos ocorridos acabaram por alimentar as lendas a respeito da maldição de Tutancâmon, fato que foi muito explorado pelos jornais sensacionalistas da época. Assim, independente de haver ou não uma maldição, a verdade é que a tumba de Tutancâmon representou um achado de valor inestimável para aqueles que são apaixonados pela História.
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